terça-feira, 4 de março de 2014

Quando o melhor vinho branco português é… biológico!

por Raul Lufinha, em 02.03.14
Esta história do “melhor” é sempre relativa – tudo não passa de uma questão de gosto e cada um tem o seu.
Mas para os 18 jurados – críticos, sommeliers, líderes de opinião e jornalistas de Portugal, Brasil, Dinamarca, Espanha, Finlândia, Suécia e Reino Unido – que este fim de semana provaram e avaliaram um conjunto de vinhos pré-selecionados pela revista WINE - A Essência do Vinho de acordo com as classificações obtidas ao longo do último ano…
… o melhor vinho branco português lançado em 2013 é biológico: o Soalheiro Primeiras Vinhas 2012, produzido a partir de uvas exclusivamente da casta Alvarinho provenientes das primeiras vinhas (vinhas velhas) com mais de 30 anos, da Quinta de Soalheiro, na região dos Vinhos Verdes, sub-região de Monção e Melgaço.
Para se perceber a importância da distinção e a qualidade dos vinhos avaliados, basta dizer que o melhor tinto foi o Pintas 2011, do Douro, que tinha recebido 98 pontos da revista norte-americana Wine Specator, a mais alta pontuação de sempre dada a um vinho não-generoso português. Já o melhor Vinho do Porto Vintage foi o Graham’s The Stone Terraces Vintage 2011.
Claro que o ser biológico não é um selo automático de qualidade, é apenas o modo de produção.
Mas se a utilização de menos químicos permite produzir frutas, legumes e ovos de elevada qualidade e sabor autêntico… seria de estranhar se não possibilitasse a produção de grandes vinhos.
O que é preciso é que sejam bem trabalhados na vinha… e pouco manipulados na adega.
Como tem sucedido repetidas vezes com o Soalheiro Primeiras Vinhas.
Podemos sempre discutir se será “o melhor” mas é indiscutível estarmos perante um vinho excepcional…
… muito gastronómico…
… e biológico!

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